sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012

33º ao 36 º DIAS 23 A 26 NOV: DE PORTO ALEGRE ATÉ EM CASA

DIÁRIO DE VIAGEM


DIA 23

Passamos este dia em POA – agora uma parada técnica – afetiva.... Levamos o carro para revisão dos 20.000 km, troca de óleo, filtros e balanceamento das rodas, depois da troca do pneu comprometido. Tudo certinho. Almoçamos uma deliciosa comida brasileira, carinhosamente providenciada por nossos amigos de longa data. Rearranjamos as malas deixando apenas uma ativada para o deslocamento de 3 dias até em casa. E a noite, ficamos com o filhote conversando, jantando, visitando sua nova residência e vendo as novidades que ele fez em seu apto. Depois disso tudo, hora de partir de novo.

DIA 24


Saímos de POA às 8:00 h para deslocar até Curitiba. Novamente optamos por ir pela BR-101, que é duplicada até lá e, consequentemente, mais segura e mais rápida. Já pensamos em ir pela BR-116 na viagem anterior, mas desistimos devido ao alto fluxo de caminhões em uma estrada serrana, embora seja uma estrada muito bonita.
            Observando o visual em torno, e comparando com o que vimos na Argentina, passamos por várias cidades de tamanhos variáveis, vários postos de serviços grandes e com boas facilidades, muito verde, numa estrada que tem a montanha de um lado e o litoral do outro. De vez em quando, uma fazenda com gado, mas não em tanta quantidade como na Argentina.
            De tudo isso, é bom ver que nosso país é muito mais rico e desenvolvido. A Argentina pode ter seus atrativos como a cordilheira com montanhas, lagos, estação de esqui, o Parque dos Glaciais, o “charme” da cidade do “fim do mundo”, o reduto de fauna da península Valdez. Mas nós temos a Amazonia, o Pantanal, Bonito e sua flutuação, e nada comparável ao nosso extenso litoral, com praias de todos os tipos, cores e temperaturas – com dunas, com coqueiros, águas mornas no nordeste, fria no sul, verde esmeralda em Maragogi e azul escuro em Noronha... Só não temos os pinguins, mas baleias podem ser vistas em Santa Catarina e na Bahia! (isto é, alguns pinguins desorientados até aparecem nas praias do Floripa e do Rio de Janeiro!)
 
 


            De Porto Alegre até Torres vai-se por uma freeway de excelente qualidade, que passa por várias lagoas. Quase no final se vê um enorme parque eólico – e nos perguntamos por que a Argentina que tem muito mais vento, não faz a mesma coisa?
            A passagem por Santa Catarina é muito bonita, com a alternância de visual de serra e praia, algumas lagoas, recortes no litoral que encaixam cidades pitorescas. A estrada está quase toda duplicada – há apenas um trecho entre Laguna e Garopaba que ainda se encontra em obras – um bom acostamento e vários postos de serviço. No entanto, o asfalto é irregular e a estrada é ondulada em alguns pontos. Ao lado se vê muitas empresas, fábricas, lojas de produtos locais como malhas e artigos de cama-mesa-banho, show-room das fábricas de cerâmica etc. quase juntando uma cidade na outra.
            Ao entrar no Paraná, a estrada se tornou mais sinuosa, com uma vegetação exuberante ao lado – muitas arvores verdes, frondosas, entremeadas por árvores com flores brancas e lilás (manacás).
            Chegamos a Curitiba ainda cedo e fomos muito bem recebidos por outro casal de amigos em sua nova residência. Jantamos uma gostosa feijoada com arroz bem temperado.... yammmm – tudo que agente precisava depois de um mês a base de batatas e abóboras!!! E a conversa rolou solta até tarde, atualizando as notícias de cada lado, contando as aventuras de viagens. Coisas assim alegram a vida.

DIA 25


            O dia amanheceu bem com cara de Curitiba – nublado, ventando e uma temperatura gostosa – boa para quem vai pegar a estrada. E lá fomos nós de novo... Agora pela Regis Bittencourt, destino Ribeirão Preto. Essa estrada é muito bonita, toda pela serra, com uma vegetação fechada, muito verde, ainda com as árvores floridas enfeitando. No entanto, é um pouco desconfortável pelo excesso de tráfego de caminhões e as muitas curvas. Está quase toda duplicada (há pelo menos 28 anos está duplicando), mas ainda há trechos em obras na serra, já no Estado de SP, após a entrada para Juquiá, o que sempre causa engarrafamentos. Aliás, pegamos um baita engarrafamento após Juquiá – motivados por obras que deixam a estrada com vários desvios com pista única.
            As estradas de São Paulo são excelentes, mas paga-se um pedágio muito alto. Desde que saímos do Rodoanel e pegamos a SP-330 para Ribeirão, pagamos 8 pedágios entre 4,9 e 7,3 reais. Praticamente um a cada 40 km!!! Na Régis Bittencourt, pagamos 6 vezes R$ 1,80  em 450 km– que diferença!!!
            Chegamos a Ribeirão Preto as 18:00 hs e fomos para nosso hotel, o Sleep Inn. À noite fomos comer croquetes e tomar chopp no Pinguim que são absolutamente deliciosos. Dessa vez fomos no Pingüim do Shopping Santa Úrsula, porque o do centro estava totalmente entupido de gente.
            Bom estamos acabando a nossa aventura. Amanhã à tarde estaremos em casa.

DIA 26
            


                     O pernoite no Sleep Inn foi muito bom – dos hotéis que já pernoitamos por aqui foi o melhor, exceto pelos atendentes que não foram muito corteses.

  
            
            Ribeirão Preto é uma baita cidade – vários shoppings, ruas largas, comércio bonito, muitas praças. A cidade tem muitos flamboyants que nessa época do ano estão todos floridos dando um colorido especial e bonito às ruas. Ahn... não podemos esquecer que é a cidade do Restaurante Pinguim, aquele famoso pelo chopp e pelos croquetes. Deliciosos!!!

                 
 
            Saímos no dia seguinte às 8:30 no rumo de casa, terminando assim a grande viagem. Percorremos nosso caminho já conhecido.... É a terceira vez esse ano que passamos por ele!!!
 



            Pelas estradas de SP se vê uma enorme pujança do estado e do nosso país – muitas plantações, muitas indústrias, cidades boas... Entramos em MG, e aí começam a aparecer fazendas de gado. Em Goiás, as fazendas de gado continuam e ainda aparece um sem número de cultivo de grãos, formando um verdadeiro cinturão verde.
            A estrada está duplicada até perto de Araguari, com vários trechos em obra. Dali até Cristalina é pista simples em estado normal, sem buracos, contudo muito irregular os remendos, tornando a viagem cansativa, barulhenta e desagradável. Nesta hora sentimos inveja dos asfaltos dos HERMANOS, argentinos, chilenos e uruguaios.
            A partir de Cristalina tomamos a  GO-436 e BR-251 até chegar em casa. Infelizmente, devido às chuvas, a estrada estava muito esburacada, cada “panela”!!! Quando iniciamos a viagem a estrada estava boa. Nesta área, passamos por uma área de muitas plantações bem cuidadas.
            Chegamos em casa depois de 36 dias, 15.500 km, felizes e cansados,  e também realizados, por ter conseguido realizar essa aventura.



“Aqui é o meu país
Nos seios da minha amada
Nos olhos da perdiz
Na lua na invernada
Nas trilhas, estradas e veias que vão
Do céu ao coração

Aqui é o meu país
De botas, cavalos, estórias
De yaras e sacis
Violas cantando glórias
Vitórias, ponteios e desafios
No peito do Brasil

Aqui é o meu país
Dos sonhos sem cabimento
Aqui sou um passarim
Que as penas estão por dentro
Por isso aprendi a cantar, cantar
Voar, voar, voar

Me diz, me diz
Como ser feliz em outro lugar”

sábado, 24 de novembro de 2012

32º DIA 22 NOV: MONTEVIDÉU – PORTO ALEGRE (855 km – 9:39 hs)



DIÁRIO DE VIAGEM

            A etapa de hoje praticamente encerra a Aventura Patagônica, pois os próximos quatro dias são apenas o retorno para casa, sem mais passeios nem descobertas.
            Deixamos Montevidéu às 8:15 hs. Havia duas opções de caminho – um pela Ruta 8, entrando no Brasil por Jaguarão, que era mais pelo interior e mais longo, e outro pela Ruta 9, mais próximo ao litoral, no qual entrávamos no Brasil pelo Chuí. Optamos por este último pois nos informaram que a estrada estava melhor e também havia um trecho duplicado.
 
 

            Foram 4 horas de estrada, com um asfalto de boa qualidade, um terreno plano, passando por pequenas cidades e algumas fazendas. Chegamos então ao Chuí onde há uma rua com algumas lojas de Duty Free. Vimos duas grandes logo na entrada da rua – o Duty Free das Américas e a Neutral. Fomos à Neutral – uma loja com boa variedade de produtos – bebidas, perfumaria, brinquedos, malas, produtos alimentares eram a maior parte, mas também havia eletroeletrônicos, roupas etc... Os preços eram um pouco maiores do que o do Free shop dos aeroportos do Brasil e do Buquebus, mas ainda bons.
            A partir dali entramos de volta no Brasil e cruzamos toda aquela ponta do mapa entre o Chuí e Rio Grande, passando pela reserva do Taim, onde vimos muitas capivaras nos banhados.
            Chegamos a Porto Alegre às 19:30 para ver nosso filho e vamos ficar mais um dia, quando aproveitaremos para fazer a revisão do carro, rearranjar as malas e descansar da estrada.
            Completamos a grande aventura sem grandes percalços (exceto por um pneu estourado), sem sustos na estrada, com muitas histórias para contar, muitas lembranças de paisagens indescritíveis, fotos para mostrar aos amigos e recordar e mais cultura na bagagem. Além de mais um sonho realizado.
            Agora é só viajar mais 3 dias e chegar ao nosso “Lar doce lar”.... 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

31º DIA 21 NOV: MONTEVIDÉU

DIÁRIO DE VIAGEM

            Ontem tivemos um delicioso jantar em ótima companhia na casa do Adido Aeronáutico. Estavam lá o Cel Roger e Ceicinha, o Adido do EB e esposa e o Adido Naval e esposa, além da linda filha do Cel Roger. Foi muito bom. (Levamos a fotográfica, falamos que íamos fazer fotos e esquecemos... Roger, nos desculpe).
        Hoje fizemos um City Tour (USD 28,00) para conhecer Montevidéu. O ônibus circulou pelos principais pontos de interesse da cidade com uma guia explicando tudo. O Uruguai é um país pequeno, com apenas 3.300.000 de habitantes.  
  

          A cidade de Montevidéu se localiza nas margens do Rio da Plata, tendo inclusive várias praias de rio. A água do rio embora limpa tem uma cor escura, não sendo muito bonita. A orla – la rambla – se estende por 18 km e tem vários prédios bonitos, lembrando o Rio de Janeiro. Por toda ela há um calçadão, alguns restaurantes, aparelhos de ginástica etc. A cidade é dividida em cidade velha, onde tudo começou, e a cidade nova.

   

   
 


 

          O tour passou pela Plaza da Independencia onde ficam o Palácio do Governo, a sede antiga e a nova, o Teatro Solis e uma porta, que era uma das portas de entrada da cidadela murada da época da fundação.
        Passamos por vários parques, pelo Estádio Centenário e também pelo prédio do Congresso, um prédio muito bonito e imponente todo feito em mármore, em estilo neoclássico italiano.
 
 

            A cidade é bem arborizada, veem-se muitos tipos de palmeiras, e de jacarandás floridos, tem alguns bairros com boas residências, mas achamos um pouco suja.


            Ao final do tour ficamos no Mercado do Porto, onde há uma enorme concentração de restaurantes e lojas de artesanatos para turistas, onde almoçamos. Ali tomamos um drink típico – médio a médio – que é uma mistura de espumante e vinho branco. A sobremesa também foi bem diferente – uma panqueca de maçã com sorvete. A panqueca é diferente do que fazemos no Brasil, não é um crepe como pensamos; na verdade é uma massa mais leve, aberta, com rodelas de maçã e calda caramelada. Muito boa.



            Amanhã se Deus quiser... BRASIL !!! Seguimos rumo a Porto Alegre. Comeremos um feijão com arroz, já encomendado na casa da Dayse e do Chaves, nossos anfitriões – ai que saudade. Na Argentina e Uruguai os acompanhamentos são à base de batata e abóbora, fritos, em purê, ao forno etc... dificilmente se acha arroz e quando se acha, não é bem preparado. Feijão, nem pensar. O café na maioria das vezes é ruim. Não sei por que o Brasil não investe na divulgação dos nossos produtos por estas bandas. Com tanta carne/parrilla/assados que eles comem, ensiná-los a comer farofa seria um bom negócio!!!

            Bom, então até amanhã. Passaremos no free shop do Chuí para comprar a nossa cota prevista e voltaremos a usar o português e o Real. Até!!!

30º DIA 20 NOV: BUENOS AIRES – MONTEVIDÉU (BARCO)

DIÁRIO DE VIAGEM

            Buenos Aires prometia um “paro general” para hoje – uma greve geral em protesto contra as medidas econômicas do governo. A maioria dos serviços não ia funcionar, inclusive aeroportos. Por sorte nosso barco (Buquebus) ia funcionar normalmente.

            Ontem jantamos no “Kansas” um restaurante de carnes estilo Outback com o Adido Cel Carlos Eduardo e esposa. Local bonito e a comida muito boa. Na passagem por Buenos Aires vimos muitos ipês roxos, embelezando o visual, em uma cidade tumultuada.


Foto


            O Buquebus – era as 8:00 h e deveríamos chegar duas horas antes, logo, acordar às 4:30 hs. E lá fomos nós. A cidade toda ainda dormia, portanto conseguimos chegar logo ao cais. Ficamos na fila de embarque para a 1ª classe e fizemos o check-in rapidinho. Ali mesmo se faz a imigração combinada da Argentina e Uruguai. Só pelo tamanho da fila valia a pena comprar o ticket de primeira classe.
 



  



            O Buquebus é um catamarã bem grande, com três andares para passageiros, com lanchonete e até um free shop a bordo, com preços razoáveis. Aproveitei para comprar um presentinhos.... A viagem toda durou 3 horas, com saída e chegada pontuais.

         
O Rio da Prata é muito largo – logo ao sair de Buenos Aires a gente fica num trecho sem ver a margem de nenhum dos lados. E a viagem foi bem tranquila e a chegada também. O Adido estava nos esperando no desembarque e nos comboiou até o hotel. Foi muito gentil e prático. Ótimo.

           Para cruzar o Rio da Prata, partindo de Buenos Aires, de volta ao Brasil ou para o Uruguai há 3 opções, sendo uma terrestre e duas fluviais. Há uma ponte que cruza em Zarate, que nos leva ao lado oeste do Uruguai, em Paisandu. As opções por barco são um deslocamento de 1 hora até Colonia de Sacramento, bem em frente a Buenos Aires e o outro, esse de 3 horas que leva direto a Montevidéu. As passagens podem ser compradas pela internet (www.buquebus.com) e fizemos isso com bastante antecedência, pois estávamos passando com o carro e podia não haver vaga. Aliás, o barco estava lotado.
 
 
 
            Montevidéu não é uma cidade muito grande. Tem uma parte velha, onde fica a parte mais histórica da cidade, com ruas mais estreitas. E a parte nova, bem mais moderna e planejada, com amplas avenidas, inclusive uma larga beira-mar, que aqui se chama Rambla. A orla é bem arborizada, tem um calçadão onde as pessoas caminhavam e corriam, e prédios bonitos – nos lembrou Copacabana.
            Saímos para almoçar em um restaurante no calçadão – Chez Montevideu e viemos direto dormir pois estávamos zuretas de cansaço.
            Agora a noite vamos jantar na casa do Adido Aeronáutico – Cel. Roger.


            Amanhã, um city tour para conhecer a cidade.