terça-feira, 6 de novembro de 2012

15º DIA 05 NOV: EL CALAFATE E O PARQUE NACIONAL DOS GLACIARES

DIÁRIO DE VIAGEM
  
            Hoje ficamos em El Calafate e fizemos um passeio diferente de tudo que já tínhamos feito até hoje – uma navegação de 215 km, durante 7 horas, por um lago gelado dentro do Parque Nacional  fazendo um tour dos glaciais.  Uma atração imperdível e indescritível.

            Começamos cedo, saindo do hotel em direção a Punta Bandeira, o porto de onde saem os barcos. O passeio é feito pela “Solo Patagônia”, custa 560 pesos e mais 70 pesos da entrada do parque e mais a refeição. Os preços e os roteiros são iguais em todas as companhias. O barco saiu pontualmente às 9 horas e chegará de volta às 16 horas.

            O roteiro é no Lago Argentino, o maior do país, que tem dois braços principais,  com  canais que dão acesso aos glaciais. O lago tem uma profundidade média de 200 m, e a água tem uma temperatura que varia de 2 a 5 graus. Primeiro navegamos pelo Canal de Los Tempanos, que significa iceberg, e nos dirigimos ao Canal Upsala para o Glacial Upsala, o maior de todos. 

O nome é referencia à universidade sueca de Upsala  que estudou o local. O glacial tem 750 km2 de área, 2 km de frente e 55 de fundo.  Suas paredes têm cerca de 50 metros de altura e a profundidade do lago neste ponto é de  700 m. A sua visão é impressionante, imponente, com uma paisagem de tirar o fôlego.


            Após alguns momentos admirando aquela parede de gelo seguimos adiante. Dali rumamos para o canal Spegazzini onde navegamos em meio a inúmeros blocos de gelo, de varias formas e tamanhos, até o Glacial Spegazzini. Um pouco antes dele avistamos o Glacial Seco, o menor deles, que ficava 500 metros acima do nível do lago.


 O Spegazzini tem cerca de 1,5 km de frente, 27 km de fundo.  Ficamos ali um bom tempo, chegamos bem perto da parede e batemos muitas fotos.  É estranho ficar ali olhando aquela imensa parede branca, de superfície irregular, em cujas fendas se vê um tom azul da água congelada – é realmente hipnotizante.


            A água no lago é de uma tonalidade verde clara, opaca, do tipo glacial, limpíssima. Tem alguns tipos de peixes nativos e as trutas que foram introduzidas, mas não vemos nada disso.
            Começamos  a voltar nos dirigindo agora ao braço norte do lago para ver o Perito Moreno, o mais famoso dos glaciais, cuja parede norte só é vista de barco. Navegamos 2 horas, a uma velocidade de 35 km/h, naquele lago tranqüilo, passando em meio aos icebergs de todos os tamanhos, que flutuam no lago, dando a impressão de estarem parados. A superfície é bem branca, mas na parte inferior, em contato com a água, é azul muito bonito.

 A água vai derretendo a parte de baixo e forma túneis, Ao redor do lago, montanhas – algumas muito altas com picos nevados, outras mais baixas com alguma vegetação. Lá fora do barco, um vento frio porem suportável (com agasalho, é claro). O dia que começou chuvoso agora faz um lindo sol, que torna a paisagem ainda mais bonita. A água do lago adquire um brilho! Se não fosse tão fria.... dá uma vontade de mergulhar....



            Agora são quase 14 horas  - quase todos dormem no barco. A paisagem, embora pareça igual com lago, montanha gelo, vai mudando a cada giro do barco.... Não fosse  a musica que toca no barco, tudo em silencio. Das montanhas, brotam pequenas cachoeiras por onde escorre uma água branquinha....
            Chegamos à parede norte do Perito Moreno – ela assemelha-se à outra – uma enorme parede reta, com a superfície escarpada, com fendas azuis. 

            Embora o Upsala seja maior, o Perito Moreno é o que mais impressiona devido à sua elevação em relação ao lago, e ao fato de não vermos a sua continuação, a não ser de cima. Tivemos a sorte de ver uma queda de uma grande parede do glacial, conseguimos até filmar a queda da grande pedra de gelo.
            Retornamos ao hotel cansados porem extasiados.
       À tardinha, passeio pela lojinhas que ninguém é de ferro, mas como tudo aqui é exorbitantemente caro, não compramos nada.
        A noite jantar no La Tablita – que em plena segunda feira, e apesar de ser caro, estava lotado. Comemos um bom Cordeiro Patagônico e fomos bem atendidos.
          Agora, descansar que amanha deslocamos de novo, desta vez para ingressarmos no Chile em direção a Puerto Natales. Iremos em dois carros, no nosso levaremos o casal Daílson e Viviane e no outro seguirá o casal Mackrodt e Ângela.

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