sexta-feira, 16 de novembro de 2012

26º DIA 16 NOV: PUERTO PIRÂMIDES – PINGUINS, LOBOS E ELEFANTES MARINHOS

DIÁRIO DE VIAGEM

            O dia amanheceu lindo – céu azul, sol, pouco vento e nos preparamos para o passeio de barco para avistar baleias. No entanto, alguma coisa com o vento sul nos impediu de fazê-lo pois os passeios não sairiam (sic). Marcamos então para amanhã e fomos aos outros passeios da Península, para ver os demais animais que se deslocam para cá para procriar.

            Saímos então rumo a Caleta Valdez (75 km de ótimo rípio, bem melhor que muitas estradas de asfalto no Brasil), uma área no meio da parte externa da Península, de frente para o Oceano Atlântico, onde há uma pinguineira e logo ao lado (5 km), em Punta Castor, a colônia de elefantes marinhos que fica por aqui. 



Em Caleta Valdez fomos a pinguineira, aonde vimos mais uma porção de pinguins, chocando, brincando na água, andando de um lado ao outro, fazendo barulho etc... 
E foram muitas fotos e filmagens. Como os ninhos são na encosta de um barranco bem alto (acantilados, como eles chamam aqui), não há passarelas para a gente andar vendo os pinguins. Só de uma plataforma superior.


            O visual de toda a península é absolutamente plano, não se vê nenhum rio ou lago, a vegetação é só de arbustos com cerca de 60-80 cm de altura, verde acinzentado, com um solo arenoso amarelado e muita pedra.  Na parte central há três salinas, ou lagoas salgadas secas. Toda ela é uma área de proteção ambiental, muito bem organizada, com pontos de visualização de animais que durante o ano todo procuram essa região para procriação.

            A Caleta é uma parede de pedra/cascalho que forma pequenas lagoas internas, nas quais a água é muito azulada. 

Ela tem 30 km na costa leste da Península. Se assemelha aos arrecifes (galés) que existem em Alagoas e Pernambuco. Em algumas partes formam pequenas ilhas dentro da lagoa interna. O mar trás bastante material para essa parede, o que está tornando as lagoas a cada dia, menores e mais rasas. No passado, era possível a entrada de pequenos navios para carregar lã, agora não mais.

            Em Punta Cantor fizemos uma pequena trilha interpretativa, aonde vimos vários modelitos de lagartos, algumas borboletas e em um ponto se avistava os elefantes marinhos deitados lá na praia.

 A praia é toda de cascalho e os animais ficam lá deitados em grupos, quase imóveis, parecem até estar mortos. De vez em quando um mexe as nadadeiras, ou move a cabeça.

 Esses animais são as maiores “focas” chegam a pesar 4.000 kg o macho e 1000 kg a fêmea, mergulham até 1500 m (são os maiores mergulhadores, comparando com baleias, orcas e outros). O macho também apresenta uma tromba (daí o nome elefante).
            Almoçamos no restaurante em Punta Cantor e dali seguimos para a Punta Norte (52 km de excelente rípio), o extremo norte da península onde há mais elefantes e lobos marinhos. Ali também aparecem orcas, mas não nessa época.



Foto


            Em Punta Norte vimos mais elefantes marinhos e também lobos marinhos todos fazendo a mesma coisa – NADA... Um ou outro nadava pela orla. Ficam lá espalhados, dormindo...
            O ideal é ir nesses lugares na maré alta pois se consegue vê-los melhor, mais perto.
            As estradas na península são todas de rípio, mas em muito boa qualidade, bem largas. A gente anda devagar e de vez em quando se vê animais cruzando a estrada. 

Hoje pudemos ver e fotografar uma ñandu com suas crias, um animal estranho que parece um cruzamento de lebre com cachorro, tem orelhas curtas, e anda sobre as quatro patas, não pula como as lebres... Depois descobri que era uma mara patagônica. 

Em Punta Norte também vimos um tatu mansinho que ficava circulando entre as pessoas e os carros. Além de guanacos, carneiros, e vacas.

            A Península tem várias propriedades particulares, fazendas que criam vacas e carneiros. O único local com apoio, combustível, caixa eletrônico etc. é Puerto Pirâmides, onde também há hotéis, restaurantes, lojas etc. Em Punta Norte só tem uma cafeteria que serve alguns sanduiches e bebidas leves. Também há um hotel. Em Punta Cantor, há uma hosteria e um restaurante. Em Punta Delgada, no lado sul da península, onde não fomos pois o mirador público está fechado, há um restaurante. De lá é possível ver elefantes marinhos, mas só quem almoça no restaurante, que tem um mirante particular.

            Na volta (79 km), passamos em Punta Pirâmides (5 km de Puerto Pirâmides), de onde se vê lobos marinhos e também é possível avistar as baleias que ficam no Golfo Nuevo.

            Foi um dia completo, repleto de novidades e muito bom. Curtimos bastante a natureza, fizemos duas trilhas onde caminhamos em torno de 2,5 km e vimos vários animais novos para a nossa coleção de fotos.
            Amanhã, já reservado, sairemos para fazer a avistagem de baleias em um barco daqueles infláveis. Estamos ansiosos para esta nova aventura. Agora sairemos para jantar um “pescado” no restaurante Punta Ballena aqui na cidade.
            Não percam... Amanhã contaremos o nosso encontro com as “BALLENAS FRANCA AUSTRAL!!!”

Um comentário:

  1. Amigos,

    Parece que a vida amimal gosta mais do calor ao norte que as águas geladas de Ushuaia! Espero que vcs tenham sorte e vejam as baleias. Cuidado com a cauda delas pois devem fazer uma onda quando batem na água.Como aventureiros vcs estão se superando!
    Boa sorte!!!
    Dailson e Viviane

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