sexta-feira, 19 de outubro de 2012
A IDÉIA…
Há muito tempo fizemos uma listagem dos locais no Brasil e no exterior que gostaríamos de visitar. A lista era extensa e variada – desde grandes cidades, passando por cidades históricas, pequenas cidades pitorescas, regiões de montanha, praias. Incluia também festas tradicionais como São João em Campina Grande, Oktoberfest etc... Ao longo dos anos fomos procurando seguir a nossa lista e assim visitamos muitos lugares.
A Patagônia fazia parte dessa lista. Mas, não bastava apenas conhecer a região, o que poderia ser feito num pacote turístico, ou numa viagem de avião..... A idéia era uma longa viagem desde Brasília, onde moramos, até Ushuaia, no fim do mundo. Como essa viagem contando com o deslocamento e a visita aos pontos de interesse, levaria mais de 30 dias, foi decidido que ela só seria exequível após a nossa aposentadoria. E assim nasceu a “Aventura Patagônica”. Uma viagem de 36 dias, 17,000 km, e 4 países, que se inicia no próximo dia 22 de outubro de 2012.
O PLANEJAMENTO....
Há aproximadamente um ano estamos planejando essa viagem. Isso envolveu pesquisa em livros, revistas especializadas, sites e blogs. Lemos várias publicações sobre o assunto para podermos definir o que queríamos ver, onde queríamos ir etc.
Nessa fase de pesquisa vimos que muitas informações eram incompletas ou ausentes, o que dificultava o nosso planejamento. Alguns sites, no entanto, nos ajudaram muito, embora ainda careçam de dados mais esclarecedores. Estes foram:
- www.interpatagonia.com
- www.patagonia.com.br
- www.elchalten.com
- Página Inicial San Martín de los Andes - San Martin de los Andes
- Caminatas (trekking) en El Chalten
- Península Valdés (IN) - Destino Aventura
- www.viajandodecarro.com.br
- www.losglaciares.com
- Parque Nacional Torres del Paine
Após inúmeras leituras, definimos os pontos de interesse na região:
- El Chaltén – a capital argentina do trekking;
- El Calafate – a região dos glaciares, onde se localiza o mais conhecido deles, Perito Moreno;
- Puerto Natales – a porta de entrada para o Parque de Torres del Paine;
- Ushuaia – a cidade mais ao Sul do continente Americano; e
- Peninsula Valdez – local de acasalamento e procriação de pinguins, baleias, lobos marinhos, leões marinhos, entre outros.
Vimos que se fossemos direto aos pontos de interesse, o primeiro deles, El Chaltén, fica a 7.000 km, o que demandaria um deslocamento direto por 9 dias, nos quais seria apenas estrada/pernoite/estrada, o que não nos pareceu muito interessante, além de cansativo. Então, porque não pensar em alguns locais que pudéssemos visitar por um dia e assim descansar um pouco da rotina de estrada.
Aliás, sempre procuramos tornar nossos deslocamentos parte do passeio, visitando lugares diferentes e aproveitando para conhecer mais lugares.
A partir dai, essa parte “técnica” de montagem do deslocamento foi feita por Gilberto. A mim sempre cabe a parte de interesse turístico, ver o que há na área, quanto tempo precisamos ficar em cada lugar, o que tem para conhecer etc... Ele, com sua experiência de viagens, define distâncias em cada trecho, pontos de pernoite, escolhe os caminhos e o roteiro. Após a montagem do roteiro básico, vamos mexendo para lá e para cá, até chegar ao trajeto que mais nos agrada e que tem o melhor custo-benefício, atendendo às nossas expectativas.
Definido o roteiro, quando estaremos em cada lugar, vamos ao apoio. Onde vamos pernoitar – e vamos a procura de hotéis. Aqui usamos também vários sites, e os que mais nos ajudaram foram:
Neles buscávamos hotéis e as informações a respeito de cada hotel, comentários de quem já conhecia, bem como fazíamos as reservas com possibilidade de cancelamento. Essa possibilidade de cancelamento sem custo adicional é essencial para quem monta um roteiro com muita antecedência, pois ela nos dá a segurança para fazer as reservas e nos facilita para focar em outros problemas da viagem. Nesse mister, o Booking.com foi o melhor site que usamos.
Em paralelo, vinham as dúvidas de qual caminho seguir, qual estrada era a melhor e com mais apoio. Para isso, além de ler inúmeros Blogs de outros viajantes, seguimos orientações do Automovil Club Argentino - ACA, de dados colocados em mapas importados desses países, além de informações de sites especializados. Nessa decisão, não importava que tipo de piso a estrada possuía, pois adquirimos uma SUV 4x4 para aguentar qualquer tipo de estrada, Importava sim a beleza da região que íamos passar, o limite de distância que iríamos percorrer por dia (não devia passar de 700 km para podermos aproveitar a viagem) e o apoio que teríamos para os percalços normais de viagem.
Planejamos, modificamos, rearrumamos, replanejamos, inúmeras vezes cada trecho da viagem. Ao final, optamos por sair do Brasil pelo Sudoeste (Foz do Iguaçu), aproximar-nos da Cordilheira dos Andes, navegando em diagonal para o Oeste e, descermos para o Sul, paralelo ao Andes, bem junto, até a nossa área de interesse na Patagônia Argentina. Por outro lado, no nosso retorno de Ushuaia, optamos por viajar pelo litoral, procurando conhecer este outro lado da nação argentina, realizar a travessia do Prata em viagem direta no Buquebus para Montevidéu e, passar em Porto Alegre, a fim de visitar um de nossos filhos que lá reside.
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ROTEIRO
Mapa do roteiro
Dados da Rota
- Percorreremos aproximadamente 15.000 km na estrada, todavia com os passeios e derivações deveremos atingir algo próximo a 17.000 km.
- Faremos o percurso em 36 dias.
- Roteiro explodido:
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Planejando e controlando a viagem
Inicialmente montamos a nossa viagem baseando-nos nas experiências de outras pessoas que já fizeram esta viagem. Para tanto, lemos Blogs de amigos e de muitos desconhecidos e, de cada um, tiramos algum ensinamento.
Nós já possuíamos bastante experiência em viagens de carro por muitos países e continentes. Aliás, desde o inicio de nosso casamento viemos compilando todas essas viagens quando elas ultrapassam a distância 300 km, formando um banco de dados que permite planejar a próxima viagem e descobrir outras informações importantes que são muito necessárias.
Nós já possuíamos bastante experiência em viagens de carro por muitos países e continentes. Aliás, desde o inicio de nosso casamento viemos compilando todas essas viagens quando elas ultrapassam a distância 300 km, formando um banco de dados que permite planejar a próxima viagem e descobrir outras informações importantes que são muito necessárias.
Para controlar e registrar o deslocamento durante a viagem utilizamos uma ferramenta muito comum entre os Aviadores chamada "Calunga". Ela é de fato uma planilha com alguns campos pré-digitados, outros campos com fórmulas já definidas, que geram novas informações e, por último, temos o campo onde de fato os dados são digitados durante a viagem.
Este instrumento permite-nos acompanhar mais detalhadamente o nosso deslocamento, possibilitando a escolha dos melhores lugares para parar, onde parar, quando parar, bem como calcular o horário de chegada destino final ou a destinos intermediários. Serve, ainda, para levantarmos os números, os gastos e informações importantes para a nossa próxima viagem naquela mesma estrada.
Coloquei em seguida um exemplo de um "calungas", apenas a título de ilustração. Nós o montamos em uma planilha Excel, a qual vamos preenchendo ao longo da viagem utilizando um tablet ou um notebook/netbook.
A partir do preenchimento desse "calunga" ao longo da viagem vamos registrando, a cada um dos fixos, os seguintes dados:
- odômetro do carro no fixo;
- hora decimal no ponto;
- temperatura no fixo;
- observações que julguemos importantes, como por exemplo: a qualidade da estrada; o atendimento e o padrão dos postos de combustíveis; posição de novos postos ou restaurantes não constantes dos mapas; etc...;
- em todas as paradas registramos o odômetro e a hora de chegada e saída, bem como o motivo da parada; e
- registra-se também os valores gastos por categoria de dispêndio.
Boa viagem.